terça-feira, 24 de maio de 2011

É ... Tempo!

E a vida anda corrida demais. Theo com 7 anos, Levi com quase 2 e Gaia com quase 6 meses dentro da barriga. Tenho trabalhado muito. Muito mesmo. Mas eu gosto. Só preciso entender e respeitar os meus limites físicos. Coisa que tenho tentado aprender, juro! Minha sogra está passeando aqui com a gente. Sábado completamos 45 dias de visita, e é o dia em que ela vai embora. Não gosto de despedidas. Prefiro pensar que ela voltará para o Natal. Ela mora na Cidade do México. Acho que nunca recebi por tão longo tempo uma pessoa em minha casa. E mais do que olhar para ela e apontar os defeitos e manias de uma senhora de quase 70 anos, tenho olhado muito para mim. E vejo que o que as vezes me incomoda são coisas que faço e tenho iguais. E ver no Theo, algumas atitudes, me fez ver como ele é parecido comigo. (tipo, se eu fosse criança faria a mesma coisa.) Isso me lembra a repetição das famílias, a herança energética que carregamos. Tento muito não repetir os erros e sentimentos estranhos da minha infância. Mas as vezes é inevitável.

Semana que vem, vou começar a arrumar as coisas da bebê Gaia. Como terceiro filho é diferente. Quer dizer, como os filhos são diferentes. A gravidez de cada um, o momento que estamos passando, vale muito. Como tudo é diferente.
Na gravidez do Theo eu passava tardes inteiras ouvindo musica clássica e com 7 meses seu quarto já estava pronto, decorado, com cortinas, bichos, tudo novinho. Até lençol no berço já o esperava. Eu sonhava o momento de vê-lo. Com o romantismo que se tem ao esperar o primeiro filho. (nem sequer imaginava o que me esperava – a dificuldade de amamentar – a depressão pós parto – os meses e meses de "dedicação total a você")

Do Levi, já foi assim... um turbilhão de acontecimentos. Eu estava no olho do furacão e minha vida de ponta cabeça. Mudei de casa, de vida, de pessoas a minha volta. Como eu já sabia o que me esperava, fiquei um pouco apreensiva no final da gestação. As coisas dele foram herdadas todas do irmão e minhas amigas mais do que generosas me presentearam com enxovais e um lindo chá de bebê. Levi sempre teve muito mais do que precisou, na verdade. E com ele, meu amor duplicou. E as coisas também não foram fáceis. Eu fiquei sem trabalho, Levi passou 1 ano sem dormir, teve intolerância a lactose do meu leite, eu entrei numa dieta pesada sem leite e sem glúten. Tive que parar de amamentar a força por causa de uma cirurgia de emergência que fiz! Se valeu a pena? SUPER! Não faria de outro jeito e esse menino Levi é a luz das nossas vidas!

E agora, vem aí Gaia. Que veio assim, contrariando todas as porcentagens medicas da dificuldade em engravidar com uma trompa só.
Gaia vem se juntar a nós. Num momento de vida mais tranqüilo, com uma família de verdade montada e estruturada. Eu cheia de trabalhos e começando a ser reconhecida no mercado. Com o sonho de trocar de carro e de finalmente comprar a nossa casa nos esperando logo ali.
As coisas materiais, ela vai herdar dos dois irmãos, da minha família linda que só tem meninas lindas, das avós babonas que sonhavam com uma princesa. Gaia já tem jóias, vestidos e sapatos.
Gaia não vai ter um quarto decorado em cor de rosa, com cortinas e afins. Mas terá muito mais do que isso. Todo o amor de uma família inteira que a esperava há tempos!

É o tempo de cada um chegar! E de estar aqui para acolhe-los!

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